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SC registra mais de 90 ataques de abelhas em 2 meses, com duas mortes, diz Dive.

Apicultor recomenda que pessoas não mexam em enxames e chamem ajuda. Em 2021, foram 501 ataques de abelhas em todo o ano.
SC registra mais de 90 ataques de abelhas em 2 meses, com duas mortes, diz Dive.

Santa Catarina registrou 94 ataques de abelhas em 2022 até 17h de sexta-feira (4), informou a Diretoria de Vigilância Epidemiológica do estado (Dive). Duas pessoas morreram. Em todo o ano de 2021, foram 501.

O apicultor Edson Figueiredo, que atua na região Sul do estado, informou que o ano tem sido "atípico". "Por causa do calor. Quase não tem frio, sempre fica a 30ºC e poucos. A incidência de abelha é maior, elas ficam mais agitadas", afirmou.

Ele também disse que os exames têm aparecido em áreas urbanas. Ele trabalha retirando esses insetos e afirmou que tem recebidos muitos chamados, de cinco a oito por dia. "Atendo de três a quatro por dia só porque não dá tempo. Os outros, tenho que agendar para outro dia", disse.

Um dos casos atendidos por Edson foi o de uma moradora de Criciúma que teve um quarto do apartamento invadido pelas abelhas, em 17 de fevereiro. Os insetos ficaram na janela. "Na hora que vi aquilo tudo, me apavorei", afirmou a dona do apartamento, Raquel Pieri. Ninguém ficou ferido.

Uma agricultora de Presidente Getúlio, no Vale do Itajaí, morreu em 30 de janeiro, após um ataque de enxame de abelhas. Denize Savalagio Kniess, de 29 anos, teria recebido mais de 100 picadas. O acidente ocorreu no dia 27 de janeiro.

Denize recebeu os primeiros atendimentos médicos no Hospital e Maternidade Maria Auxiliadora, em Presidente Getúlio. No dia 28, no começo da tarde, ela foi transferida ao Hospital Doutor Waldomiro Colautti, de Ibirama, onde chegou a ser intubada em estado gravíssimo, segundo a direção da unidade.

A outra morte por ataque de abelhas foi um homem de 53 anos em Monte Castelo, no Norte do estado, em 5 de janeiro, conforme a Dive.

Um ataque de abelhas deixou 13 pessoas feridas, sendo três moradores, oito bombeiros e dois membros do Samu, em Blumenau, no Vale do Itajaí, em 8 de janeiro.

Em um vídeo que circulou nas redes sociais, é possível ver uma mulher deitada no chão coberta por uma manta para evitar o ataque dos insetos. Logo em seguida, dois socorristas saem correndo do local tentando espantar as abelhas.

 

Orientações

 

O apicultor orientou o que as pessoas devem fazer em casos envolvendo abelhas.

Enxame em casa

 

  • não mexer com as abelhas
  • não fazer barulho
  • não acender a luz
  • não deixar animais por perto
  • chamar ajuda profissional

 

"Se ela [abelha] está na época de migração, só vai se instalar [no local]. Se já está instalada há mais de anos, se já tem colmeia, já tem cria, daí se torna agressiva, quer defender o território", explicou Edson.

Segundo ele, não há muito o que se fazer para evitar um exame dentro de casa. "A abelha tem um jeito dela de procurar um lugar para se instalar, um local calmo e escuro. Apartamentos de residências são todos assim, elas vão para o forro. Geralmente, procuram um lugar oco, como o tronco de uma árvore morta. Mas não tem mais árvores nas cidades", explicou.

Em caso de picada

 

  • uma picada: lavar local com água e esperar veneno amenizar
  • várias picadas: ligar para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu)

Fonte(s): G1-SC

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