A redução no preço do Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), anunciada pela Petrobras no último dia 8 de abril, ainda não foi sentida de forma efetiva pelos catarinenses. Em Florianópolis, Joinville (Norte do Estado) e Chapecó (Oeste de SC), responsáveis por revendedoras do gás de cozinha afirmam que o preço do botijão de 13 kg (P13) vendido pelas distribuidoras diminuiu cerca de R$ 2.
Mas, na prática, essa redução não tem chegado ao consumidor final. De acordo com o relatório da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), que monitora os preços do GLP em Santa Catarina, entre 10 e 16 de abril, o preço mínimo do botijão de 13 kg, em Florianópolis, era vendido por R$ 119 (veja na tabela abaixo). O valor não é muito diferente do que o mínimo praticado entre 20 e 26 de março: R$ 119,99.
Segundo a Associação das Empresas Revendedoras de GLP de Santa Catarina (Argás-SC), os preços do produto no varejo e nas distribuidoras são livres pela legislação, e a redução do botijão varia no Estado entre R$ 2 e R$ 2,60.
— O setor varejista que atende diretamente o consumidor vai repassar os descontos na medida que as distribuidoras, beneficiadas pela Petrobras em 5,58%, fizerem o repasse às revendas de GLP. Mas, por certo, as revendas de GLP estão praticando algum percentual de desconto no botijão de 13 kg. Favorecendo, principalmente, a nossa dona de casa catarinense — explica o secretário executivo da Argás-SC, Mauro Goedert.
Para as revendedoras, a diminuição dos valores ainda é pequena em comparação aos diversos aumentos que aconteceram nos últimos meses. Em 10 de março, a Petrobras reajustou o preço do gás de cozinha em 16%.
— Essa mudança não tem um valor considerável por causa dos aumentos seguidos todo mês. Então receber R$ 2 depois três anos de aumento é quase nada — pontua Felipe, proprietário de uma revenda em Joinville.
Já Eliseu Machado, sócio de uma refinaria em Canasvieiras, no Norte da Ilha, destaca que SC não tem refinarias, sendo dependente de outros Estados. Ele lembra ainda impostos incidem sobre o produto, afetando também no preço final do botijão.
— Nós não temos GLP em Santa Catarina, somos abastecidos por Canoas, no Rio Grande do Sul, e pela refinaria de Araucária, no Paraná. Têm os custos, mas também têm os impostos. Um exemplo, o botijão na companhia é R$ 54, mas na hora que ele passa para a envasadora já tem outro valor, porque entram outros impostos e assim vai — diz o empresário Eliseu Machado.
Fonte(s): NSC
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