A falta de chuvas para safra de verão 2021/2022 de Santa Catarina já causa prejuízos de R$ 4,23 bilhões. Essa é a cifra da última estimativa feita pela Epagri/Cepa após incluir a quebra na produção de maçã e aumento de prejuízos em outras culturas nas últimas semanas. Frente à projeção anterior, de R$ 3,7 bilhões, divulgada em fevereiro, houve um aumento de 13,51% nos prejuízos nessa estimativa de março. As perdas financeiras na cultura da maçã deverão somar R$ 50,23 milhões devido à redução de 12,4% na produção, estima Haroldo Tavares Elias, analisa de socioeconomia da Epagri.
A colheita da fruta, que está sendo feita agora, vai somar 581,78 mil toneladas, 82.09 mil a menos do projetado antes do problema climático causado pela La Niña. Segundo Haroldo Elias, as perdas maiores são nas lavouras de soja, com queda de 23% na produção e prejuízo de R$ 1,83 bilhão. A projeção foi feita com dados recentes do preço da saca de soja ao produtor, que ultrapassou R$ 200.
As perdas com milho em grãos chegam a R$ 1,51 bilhão e função da retração de 35% na estimativa de colheita. Em volume, SC vai deixar de produzir 950,5 mil toneladas. Com isso, a safra de milho em grãos ficará em 1,759 milhão de toneladas. No caso das lavouras de milho silagem, as perdas são estimadas a R$ 741 milhões.
A primeira safra de feijão também foi atingida pela seca. Pelos cálculos da Epagri, a colheita deverá somar 46.849 toneladas, 31,5% inferior a do ano passado. Em valores monetários, as perdas dos agricultores serão de R$ 99,12 milhões, para uma retração de 21.57 mil toneladas dessa cultura.
Segundo Haroldo Elias, as perdas em volume são estimadas considerando a safra plantada a partir de agosto do ano passado. Já as perdas financeiras são com base nos preços recentes.
- Para o cálculo da estimativa de perdas econômicas, foram considerados como valores de referência os preços médios estaduais recebidos pelo produtor, para cada produto, no mês de fevereiro – explica Haroldo Elias.
Fonte(s): NSC
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