A Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc) aprovou, por unanimidade, nesta terça-feira (28) projeto de lei que altera plano de carreira de policiais e bombeiros militares do Estado. Em contrapartida, a proposta que cria figura do militar temporário foi rejeitada.
Representantes da categoria militar foram ao plenário da Alesc para defender a aprovação da lei. Na discussão do projeto, parlamentares como Kennedy Nunes (PTB) e Ivan Naatz (PL) criticaram pontos como a demora do Estado na apresentação do projeto e o fato de as mudanças não beneficiarem membros da reserva remunerada.
O projeto aprovada muda regra para a promoção de praças da Polícia Militar (PM) e do Corpo de Bombeiros Militar (CBM-SC), traz um plano de carreira para os militares, e cria 835 novas vagas em postos da carreira, que vão de cabo a subtenente. São 657 vagas no Corpo de Bombeiros, em parte para suprir a necessidade criada pela mudança na escala da corporação, e 178 vagas na PM, para o posto de subtenente, o último da carreira de praças. Também há modificações de vagas entre os diferentes postos de praças.
Segundo a Secretaria de Estado da Administração, o impacto financeiro do projeto é de R$ 73 milhões neste ano e de R$ 150 milhões ao ano em 2023 e 2024. Na soma dos três anos, a repercussão chega a R$ 373 milhões.
O projeto traz também levantamentos da PM e do Corpo de Bombeiros, que apresentam impacto financeiro menor: R$ 31,4 milhões em 2022, 56,9 milhões em 2023 e 71,5 milhões em 2024 — um total de R$ 159 milhões nos três anos.
Segundo as instituições e o governo do Estado, a intenção das mudanças é dar mais fluidez às promoções na carreira. O texto também altera critérios para a ascensão na carreira, como medidas como o aumento de 30% para 50% no percentual de vagas destinadas a promoções para sargento concedidas por tempo de serviço. Outra alteração é a redução do chamado interstício para alguns cargos — período mínimo de atuação em um posto para que o agente seja promovido a uma patente superior.
Para passar de soldado a cabo, por exemplo, o policial poderá ser promovido participando de um curso a distância e cumprindo requisitos como o interstício mínimo. Hoje, a mudança na carreira depende de aprovação de um concurso. A Associação de Praças do Estado de Santa Catarina (Aprasc) aprova as mudanças nos critérios de promoção.
A carreira militar é dividida entre as praças e os oficiais, que atuam no comando das corporações. As mudanças em discussão alteram apenas as promoções de praças.
A PM e o Corpo de Bombeiros não haviam se pronunciado sobre o projeto até a votação desta terça.
Projeto de militares temporários é reprovado
Fonte(s): NSC
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