O processo de imigração no Brasil intensificou-se a partir de 1808, quando um número expressivo de imigrantes europeus chegou ao país. De lá pra cá, muita coisa mudou, outras culturas se misturaram e se tornaram a grande mistura que é o Brasil.
Em especial, dois países passaram a fazer parte fortemente da cultura brasileira nos últimos anos. Desde 2010, quando houve o terremoto no Haiti, muitos haitianos vieram ao Brasil em busca de emprego para oferecer uma vida melhor a suas famílias. E em 2017 os venezuelanos passaram a reconstruir suas vidas, devido a crise política e econômica vivida em sua terra natal.
O sul, e especialmente Santa Catarina, se tornou um dos destinos destes imigrantes, devido à oferta de emprego. Segundo dados do estado, são mais de 82 mil estrangeiros que estão oficialmente cadastrados como moradores no Estado, e veem por aqui um bom lugar para viver e escrever novos capítulos nas suas histórias.
Nova Erechim é o destino de muitos descendentes haitianos, ao todo são 309 pessoas que residem no município, de acordo com dados da Assistência Social. Conforme a secretária da pasta Nilse Soligo, o município tem um número crescente de estrangeiros que se estabelecem para trabalhar e buscar uma vida melhor. “Aumentou também a demanda de atendimento no sentido de garantir direitos a essas pessoas”, relata.
A equipe do CRAS que realiza o atendimento direcionado a essas pessoas, tem a demanda de elaboração de processo para solicitar, regularizar e atualizar documentos dos migrantes junto a Polícia Federal, e solicitar documentação, como CPF, carteira de trabalho, para que estes sejam encaminhados para um emprego formal. “Fazemos a orientação e encaminhamentos para outras políticas públicas como saúde e educação. Atendimento quando necessário por questões de alimentação e roupas. É feita também a Inclusão das crianças no Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos”, destaca Nilse.
De maneira geral, o município atende a esses imigrantes, assim como as demais pessoas em situação de vulnerabilidade social, e destinam orientações que garantem que eles tenham acesso aos mínimos do lugar onde residem. “É importante lembrar que os migrantes estão no Brasil, de forma regular, pois a permanência deles foi autorizada por lei, então cabe a nós tratá-los com dignidade e respeito”, afirma a secretária.
Em Pinhalzinho, por sua vez, o trabalho ocorre da mesma forma. São pessoas que chegam diariamente em busca de uma vida melhor, de diversas nacionalidades, em especial haitianos que são 52 pessoas cadastradas no serviço social. Em maioria os venezuelanos têm um número expressivo de presença no município, são 436 pessoas atendidas.
A secretária de assistência social do município, Ivone Orso, pontua que a demanda é por alimentos, documentação e doações de cobertores e roupas, além de orientações com relação a saúde e educação. “Também fazemos a intermediação para que essas pessoas ingressem no mercado de trabalho e tragam renda a suas famílias e ao município”, disse ela.
Fonte(s): A SUA VOZ
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