A chuva de meteoros Eta Aquáridas, causada por detritos do cometa Halley, ainda não atingiu o pico em 2022, mas um exemplar do grupo já pôde ser visto na madrugada desta segunda-feira (2). O meteoro foi flagrado pela estação de Monte Castelo, no Norte catarinense, às 4h25.
O fenômeno foi registrado, simultaneamente, por uma estação da Rede Brasileira de Observação de Meteoros (Bramon) em São Paulo. Os meteoros dessa chuva são formados por fragmentos que atingem a Terra numa velocidade de cerca de 252 mil quilômetros por hora.
"A triangulação entre as duas estações possibilitou confirmar que trata-se de um exemplar da chuva de Meteoros Eta Aquáridas", afirmou o astrônomo amador Jocimar Justino.
De acordo com a Bramon, a atividade da Eta Aquáridas, começou em 21 de abril e vai até 12 de maio. O pico da chuva, no entanto, acontece na madrugada entre 5 e 6 de maio, com mais 40 meteoros por hora, em geral.
Neste ano, segundo a Bramon, como a Lua deve se pôr nas primeiras horas da noite, a visualização dos meteoros deve estar favorecida.
Em SC
Em Santa Catarina, de acordo com a Bramon, são esperados cerca de 35 meteoros por hora no pico da chuva, em condições ideais de observação. O melhor horário para observar é a partir das 3h da manhã, olhando na direção leste.
Os melhores locais para observar uma chuva de meteoros são aqueles bem escuros, longe dos grandes centros urbanos.
"Apesar do radiante da Eta Aquáridas ficar em Aquário, você não precisa estar olhando na direção dessa Constelação para ver seus meteoros, pois eles aparecerão em todas as partes do céu, apenas parecendo vir da direção da Constelação", destaca a Bramon.
Como funciona?
A Bramon explica que todos os meteoros de uma mesma chuva atingem a atmosfera paralelamente uns aos outros.
Para um observador na Terra, esses meteoros parecem se originar de um mesmo ponto no céu. No caso da Eta Aquáridas, esse ponto fica na Constelação de Aquários, próximo à estrela eta Aquarii. Por isso o nome desta chuva é Eta Aquáridas.
Essa não é a única duas chuvas anuais de meteoros associadas ao Cometa Halley, mas é considerada a mais intensa. Além dela, a Oriónidas, que acontece no mês de outubro, também é gerada pelos detritos do mesmo cometa.
Fonte(s): G1 Santa Catarina
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