Após dois anos de pandemia, empresas catarinenses começam a relatar queda nos impactos causados pela Covid-19, segundo pesquisa exclusiva do Sebrae. Os dados mostram que 35% dos negócios de Santa Catarina relataram não ter tido dificuldades significativas por conta da pandemia, no último trimestre de 2021.
Os impactos mais relatados durante os últimos dois anos estão no aumento de custos, que representa 35,3% das dificuldades, queda nas vendas - 15,1% - clientes sem dinheiro, com uma porcentagem de 10,6%, e economia do país - 8,6%. A pesquisa foi feita com 812 Micro e Pequenas Empresas de Santa Catarina.
A diferença entre o primeiro e o último trimestre de 2021 é de 35% em relação aos impactos causados pela Covid. De janeiro a março, as dificuldades relatadas pelas empresas eram de 40%. Já de outubro a novembro, caiu para 5%. Apesar disso, ainda no segundo trimestre de 2021, os impactos atingiam 72% das empresas.
O cenário econômico atual do Estado para essas empresas mostra um ganho de 52,41% nas vendas do trimestre anterior ao de 2022. O que indica um aumento de 31,54% a mais do que o registrado de julho a setembro do último ano.
Apesar das dificuldades enfrentadas nos últimos dois anos, a expectativa de melhora em 2022 é alta. Está previsto uma alta na tendência de vendas, investimentos e novas vagas de emprego para este ano.
O extremo Oeste catarinense foi a região que apresentou o maior aumento de vendas no período analisado, 61,2%, seguido da região da Foz do Itajaí, com um crescimento de 59,5%. Atrás está ainda a Grande Florianópolis, que teve aumento de 52,1% das vendas de outubro a dezembro.
Vendas na internet
Apesar da queda nas vendas durante a pandemia, as redes sociais têm sido uma grande aliada das empresas. Os negócios pela internet têm apresentado resultados significativos, segundo o que aponta a pesquisa feita pelo Sebrae. Cerca de 72% das empresas analisadas realizam vendas de forma online. Instagram, Facebook e o WhatsApp foram as redes sociais mais utilizadas
Se olharmos o número de empresas que informam não ter tido dificuldades significativas no trimestre analisado, concluímos que a recuperação está de fato acontecendo - explica o diretor superintendente do Sebrae/SC, Carlos Henrique Ramos Fonseca.
As empresas que utilizaram as redes digitais como estratégia de negócio em tempo de pandemia venderam 3,9% a mais do que as empresas que não utilizam o recurso.
- Apesar de indicadores econômicos demonstrarem a alta da inflação, das taxas de juros e previsões pouco otimistas de crescimento econômico para o país ao longo deste ano, devemos considerar a expressiva recuperação dos pequenos negócios pós-pandemia, com os empresários catarinenses sempre atentos às oportunidades que estão surgindo - explica o diretor superintendente.
Fonte(s): NSC
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