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Ômicron BQ.1: o que é e como a variante pode aumentar a transmissão da Covid em SC

Médico reforça que todos os pacientes com sintomas gripais devem procurar um centro de saúde
Ômicron BQ.1: o que é e como a variante pode aumentar a transmissão da Covid em SC

Uma nova variante do SARS-CoV-2, vírus que causa Covid-19, está circulando pelo Brasil. A Ômicron BQ.1 foi descoberta em Manaus, no Amazonas, mas já possui transmissão comunitária no Rio Janeiro e foi identificada no Rio Grande do Sul. Apesar de estar próxima de Santa Catarina, o Estado ainda não confirmou nenhum caso da subvariante, de acordo com a Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive). Mesmo assim, especialistas alertam para o cuidado com a transmissão da cepa.

De acordo com Julival Ribeiro, infectologista e membro da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), a mutação é derivada da Ômicron que se disseminou pelo mundo. O diferencial da BQ.1 é a capacidade de escapar do sistema imunológico, tanto de quem já tomou as vacinas contra a doença, quanto de quem já teve a infecção.

— Especula-se que a BQ.1 poderá ultrapassar e competir com a Ba.4 e Ba.5 da Ômicron, e levar a uma nova onda da Covid-19 no mundo. Estão ocorrendo casos na Europa, América do Norte e África — informou o médico.

Ribeiro acredita que é possível que a nova variante já esteja em transmissão em mais estados brasileiros. Ele afirma que, para identificar as cepas atuantes, é necessário realizar estudos genômicos a partir das amostras dos diagnósticos. Com o monitoramento da situação epidemiológica, os órgãos de saúde podem agir de forma mais eficiente ao saber com qual mutação estão lidando.

No entanto, os cientistas ainda estudam o comportamento biológico das novas variantes descendentes da Ômicron, incluindo também a Xbb — que está em transmissão na Ásia. O que se sabe é que os sintomas continuam os mesmos e que a transmissão acontece como a cepa original da Covid-19.

— Mas, o importante é que sabe-se que as pessoas que tomaram seu ciclo de vacina correto, doses primárias e reforços, terão casos leves caso peguem a variante — reforçou o infectologista.

Cuidados e prevenção

O médico relembra que o uso de máscara ainda é indicado para pacientes idosos, com comorbidades, imunossuprimidos e com doenças crônicas. Mesmos vacinados, esses grupos ainda podem contrair a Covid-19 por meio das novas subvariantes. As doses de imunizantes são essenciais para uma resposta mais eficaz do sistema imune.

— Atualmente nós já temos anticorpos monoclonais e antiviral que podemos tratar esse pacientes para prevenir hospitalizações e mortes.

Entretanto, o médico reforça que todos os pacientes com sintomas gripais devem procurar um centro de saúde ou uma unidade básica para coletar amostras e diagnosticar se estão contaminados com o coronavírus.

Fonte(s): NSC

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