Temos apenas uma vaga na elite brasileira. É pouco para um futebol que achamos em evolução, o que não acontece na prática. Também já tivemos fora da realidade, quando quatro clubes disputaram a Série A do Campeonato Brasileiro. Neste ano, o Avaí tem a responsabilidade de representar Santa Catarina na competição.
Reconheço que as dificuldades estão sendo superadas na medida do possível. Por conta disso, o encaixe (entrosamento) do time deverá se dar lá pela quarta ou quinta rodada. Até lá os resultados são muito importantes, mais do que o normal para evitar um afastamento muito grande das primeiras posições.
Se olharmos para os nomes que chegaram e o grupo avaiano dá para ter alguma esperança. Largar bem é fundamental. Eduardo Barroca disse no Debate Diário, na CBN Floripa, que há apenas um campeonato. Você não consegue mais identificar os times que disputam a "sua competição" e os que brigam pelo título.
Que "seu campeonato" seria esse? Temos apenas a Série A nacional e nela existem objetivos traçados: manutenção na elite e título. Daí, então, a razão de dividirem o Campeonato Brasileiro. Na pratica isso deve mesmo ser considerado. Avaí e América, domingo (10), é o nosso primeiro grande momento. Precisamos aproveitar.
E o Figueirense?
O outro representante do futebol de Florianópolis está na Série C, terceira divisão nacional. Irreal para quem já disputou e bem a Série A. Não vamos voltar às gestões administrativas, desastrosas, do passado para justificar essa queda. Mas tem tudo a ver.
O Figueirense está dando a volta por cima e já demonstrou isso no estadual. A Série C hoje tem o mesmo formato das Séries A e B, o que é um avanço no calendário do futebol brasileiro.
Chances muito grandes de uma boa campanha numa competição que tem Clube do Remo, Vitória da Bahia, Botafogo de SP, Volta Redonda, Mirassol, Paysandu, clubes de grande tradição.
O Figueirense manteve a base do estadual, agregando alguns novos valores. Penso que o alvinegro é o que tem melhor chance de acesso neste ano.
Série B muito difícil
Na Série B nacional, Santa Catarina tem três representantes: Brusque, Chapecoense e Criciúma.
O primeiro joga neste sexta, na Ressacada, campo neutro por conta da punição sofrida no caso de racismo contra o jogador Celsinho, do Londrina. O Brusque é a nossa grande esperança. Time campeão do Catarinense, motivado pela conquista, renovação do técnico e a manutenção do grupo vencedor deste ano.
O primeiro compromisso contra o Guarani, de Campinas, é para vencer mesmo que o adversário tenha uma histórica rica no futebol brasileiro. No momento não está bem.
Na Série B já se diz que existem duas vagas apenas para o acesso. Uma seria do Grêmio e a outra do Vasco. O time carioca está amargando mais um ano de segunda divisão, também fora da sua história.
Bahia, Cruzeiro, são outros candidatos ao acesso que estão se preparando para voltar à elite. Nesse meio está o Brusque.
Mas não é só o Brusque. A Chapecoense, que depois de alguns anos nos representou na primeira divisão nacional, vem de um vexame histórico quando foi o clube de pior campanha na história de pontos corridos do Brasileirão.
Isso não pode se repetir. Há no meio disso uma história de grandeza, competência e grandes jornadas. Também a Chape está se reerguendo depois de dificuldades administrativas que levaram o clube a dívidas monumentais.
A Chape estreia contra o Ituano, em casa, um adversário acostumado a grandes jogos no Campeonato Paulista, que é tido como o melhor tecnicamente do país. Trouxe Gilson Kleina e alguns jogadores conhecidos como Thiago Alagoano, entre outros.
E quem mais contratou foi o Criciúma. Na obrigação de voltar ao cenário nacional por causa de desastres como a segunda divisão do Estadual e a queda para a terceira divisão nacional, o Tigre está de volta à Série B com outra cara.
Simultaneamente vai disputar a Série B catarinense. O Criciúma vai jogar sob pressão. A torcida não aceita mais tanto desastre de um clube que tem condição financeira de formar grupos bem melhores. A estreia será contra o Londrina, dia 14.
Vivemos, então, uma expectativa que não se sabe se é boa ou não. Apenas devemos reconhecer o trabalho dos clubes em dar a volta por cima depois de problemas administrativos que levaram todos a situação financeiras delicadas. Quem sabe a volta por cima acontece.
Fonte(s): NSC
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