No início da manhã desta quarta-feira (05), a rotina das famílias de crianças da creche CEI Cantinho Bom Pastor, em Blumenau, foi bruscamente interrompida com a notícia do ataque à unidade. Preocupados e em buscas de notícias sobre o estado de saúde das crianças, pais, mães, avós e parentes saíram rapidamente do trabalho e de casa, com destino à creche, no bairro Velha. No local, por volta das 9h, um homem, de 25 anos, entrou na creche e é suspeito de assassinar quatro crianças e ferir outras cinco.
O pai de um menino ferido no ataque, estava no trabalho com a esposa quando soube do atentado na cidade e em seguida recebeu uma foto da creche do filho. Às pressas, ele e a esposa contaram com a ajuda de um amigo para ir até à unidade. O menino, de cinco anos, foi uma das quatro crianças feridas no ataque. Com um ferimento no rosto, provocado pelo suspeito com um machado, o pequeno foi encaminhado pelos bombeiros para o hospital Santo Antônio, de Blumenau.
“Viemos para a creche sem saber se se ele estava vivo ou morto e o que tinha acontecido. Quando chegamos a professora nos informou que ele estava no hospital mas que estava bem.”, relembra o pai.
Com um ferimento no rosto, a criança precisou fazer um procedimento cirúrgico, com uso de anestesia geral. Na tarde desta quarta (05), ele segue em observação no hospital. Após o procedimento, o menino conversou com os pais ainda sob efeito da anestesia. “Ele conversou meio grogue. Estamos aguardando a melhora para ver como está o emocional dele e como que vai ser depois que ele despertar”, disse.
Para os pais, o menino contou que na hora que o suspeito entrou na creche, as crianças mortas e feridas estavam juntas no parque. Ele disse: “Pai, o homem me deu um soco no rosto e eu saí correndo’, só que ele não recebeu o soco, foi uma machadada que pegou de raspão”, conta o pai.
De acordo com o responsável pela criança, agora a família também tenta recuperar a força para tentar seguir a vida. “É uma covardia sem tamanho fazer isso com uma criança, não tem desculpa, não tem o que dizer. O que a gente espera e torce é que seja feita uma justiça, mas uma justiça verdadeira”, finaliza emocionado.
Fonte(s): SCC
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