A mulher do caminhoneiro Marcos Antonio Pereira Gomes, conhecido como Zé Trovão, foi impedida de visitá-lo na prisão por não ter o esquema vacinal completo contra a Covid-19. Pelas normas catarinenses, a pessoa que quer visitar alguém em uma unidade prisional precisa comprovar que recebeu as duas doses da vacina, ou a dose única da Janssen.
Investigado por incitação a atos violentos e antidemocráticos, o caminhoneiro apresentou-se espontaneamente à Polícia Federal em Joinville, no Norte de Santa Catarina, em 29 de outubro e foi preso preventivamente. Gomes estava foragido desde o início de setembro.
De acordo com a Secretaria do Estado da Administração Prisional e Educativa, a mulher do caminhoneiro foi orientada pela assistente social do Presídio de Joinville sobre os documentos necessários. A pasta não divulgou em que dia ela tentou fazer a visita. A defesa do caminhoneiro disse que não tem informações sobre o caso.
Prisão
A Polícia Federal afirmou por nota que Gomes não foi interrogado pela polícia e foi encaminhado ao Presídio de Joinville. A prisão foi feita em cumprimento de mandado feito pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Em setembro, Gomes foi localizado pela PF no México, no período em que estava foragido.
Investigação
O caminhoneiro foi alvo de um mandado de prisão em 20 de agosto expedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A ação investiga incitação a atos violentos e ameaçadores contra a democracia.
Segundo o despacho de Alexandre de Moraes, a Procuradoria Geral da República (PGR) sustenta que postagens e vídeos publicados demonstram que o caminhoneiro teria convocado a população, por meio das redes sociais, a praticar atos criminosos e violentos.
Ainda segundo o documento, as justificativas das medidas cautelares levaram em consideração "a atuação dos investigados na divulgação de mensagens, agressões e ameaças contra a democracia, o estado de direito e suas instituições".
Enquanto estava foragido, Gomes ficou em um hotel no México, conforme a PF. Nas redes sociais, ele divulgou vídeo no qual relata que representantes da embaixada brasileira procuraram o local em que ele estava.
A defesa do caminhoneiro comentou o tempo em que Gomes estava foragido. “Essa questão da ida ao México nós não vimos ilegalidade porque ele saiu legalmente do Brasil e entrou legalmente no México. Depois, com o advento da prisão dele, ele ficou um pouco indeciso se deveria ou não se apresentar e, ouvindo agora aconselhamentos profissionais, aconselhamento da família, ele resolve se apresentar", afirmou Assad.
O advogado não soube informar se Gomes veio direto do México para se apresentar à PF de Joinville.
Fonte(s): G1-SC
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