Agora

Vanessa Klein

13:00 - 15:00

Notícia

Ministério Público denuncia bolsonarista por assassinato de petista no Paraná

Guarda municipal foi morto a tiros durante sua festa de aniversário de 50 anos
Ministério Público denuncia bolsonarista por assassinato de petista no Paraná

O Ministério Público do Paraná anunciou, nesta quarta-feira (20), que irá denunciar o policial penal federal Jorge Guaranho, que matou a tiros o sindicalista e guarda municipal Marcelo Arruda, em Foz do Iguaçu (PR), sob suspeita de homicídio duplamente qualificado.

O inquérito sobre o assassinato retornou para a polícia nesta terça-feira (19), após a justiça determinar urgência nas perícias pendentes da investigação. Entre elas, a análise das câmeras de segurança do trajeto feito por Jorge no dia do crime e a análise de seu celular, já apreendido.

Devem ser avaliados, ainda, os celulares de outras três pessoas que conheciam Jorge e identificados todos que tiveram acesso às câmeras de segurança da associação onde ocorreu o homicídio. O depoimento de uma destas testemunhas também foi solicitado pelo MP.

Em paralelo, a promotoria manifestou concordância com o pedido da corregedoria-geral do Departamento Penitenciário Nacional para abertura de processo administrativo contra Jorge, que está em prisão preventiva.

Há relatos de que o policial tenha saído da UTI, onde estava depois de ser baleado durante troca de tiros com o petista. O estado de saúde dele, porém, não foi comprovado pela família.

A Sesp (Secretaria de Segurança Pública do Paraná) informou que irá cumprir as diligências rapidamente. "As perícias já tinham sido requisitadas pela autoridade policial à Polícia Científica, na semana passada", aponta a secretaria. "Por enquanto, sem previsão de conclusão."

Durante o inquérito, em que as investigações foram finalizadas em cinco dias, a polícia descartou crime político ou de ódio, mas apontou motivo torpe para o assassinato.

A delegada responsável pelo caso confirmou que tudo começou com uma provocação do bolsonarista, seguida de discussão por questões políticas e ideológicas. Mas disse que, para enquadrá-lo como um crime político, seriam necessários requisitos para isso, como o de tentar impedir ou dificultar outra pessoa de exercer direitos políticos.

A pena de homicídio simples prevista na legislação vai de 6 a 20 anos de prisão. Com a presença do motivo torpe, pode ir de 12 a 30 anos.

Segundo a polícia, na tarde de sábado (9), Jorge estava em um churrasco regado a bebidas, lá ficou sabendo da festa temática do PT e, diante disso, decidiu agir -um outro convidado do churrasco era funcionário do clube no qual Marcelo havia alugado o salão de festas e, por isso, tinha acesso às câmeras de segurança.

Esse funcionário visualizou as imagens do salão em meio ao churrasco, como rotina, segundo a polícia, e foi nesse momento, em meio a um roda de amigos, que o bolsonarista ficou sabendo da festa temática do PT -a polícia diz não ver nenhum crime por parte desse funcionário.

Segundo testemunhas, Marcelo e Jorge não se conheciam, e Jorge inicialmente invadiu o local da festa gritando palavras de ordem a favor de Bolsonaro e contra o PT e Lula.

Jorge estava em seu carro, com a esposa e uma criança no banco traseiro. Em meio a suas provocações, como mostram as imagens, Marcelo enche a mão com um punhado de terra e pequenas pedras de um jardim na entrada do salão e lança em direção ao carro de Jorge, que deixa o local e promete voltar.

Jorge retorna minutos depois, agora armado e sem a esposa e a criança. O único foco dele era Marcelo, por causa da discussão anterior.

Jorge atira primeiro, o que levou a polícia a descartar legítima defesa. Ele efetuou quatro disparos, sendo que dois atingiram Marcelo, que revidou com dez disparos, sendo que quatro deles atingiram o bolsonarista.

Em resumo, segundo a polícia, Jorge foi inicialmente ao salão para provocar os participantes da festa por causa do tema político do aniversário. Mas, durante as discussões, passou a ter Marcelo como seu único foco e teria cometido o assassinato por impulso, após discussão, e não de forma premeditada.

Marcelo era tesoureiro do PT municipal. No partido havia mais de dez anos, ele concorreu a vereador e a vice-prefeito pela sigla em eleições recentes.

Fonte(s): NSC

Comentários

Últimas notícias

14 Mar
Aconteceu
Chapecó terá novo voo diário para Florianópolis a partir de junho

Latam Cargas também vai oferecer primeiro voo internacional cargueiro entre SC e a Europa a partir do mês de abril.

14 Mar
Aconteceu
Caixa paga abono salarial aos nascidos em fevereiro a partir desta sexta-feira

Trabalhadores que possuem conta no banco receberão valor automaticamente.

14 Mar
Aconteceu
Bocha e dominó de Nova Erechim se destacam no JISMA 2024

A 52ª edição dos Jogos de Integração dos Servidores Municipais da Amosc (Jisma), foi realizada no último sábado (09) em Paial SC.

Esse site utiliza cookies para melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar o acesso, você concorda com nossa Política de Privacidade. Para mais informações clique aqui.