O decreto do governo Carlos Moisés (Republicanos) que encerrou a obrigatoriedade do uso de máscara em Santa Catarina repercute entre entidades do comércio no Estado sem manifestações de contrariedade nesta segunda-feira (14), primeiro dia útil após a publicação do documento.
O governo estadual já havia flexibilizado o uso de máscara em publicações anteriores, mas, desde sábado (12), passou a desobrigar a adoção do item também na maior parte dos ambientes fechados, como em comércios e eventos. Em aeroportos e voos, no entanto, a obrigatoriedade do equipamento de proteção se mantém.
A Associação Catarinense de Supermercados distribuiu comunicado ao setor destacando que, além de flexibilizar o uso de máscaras, o decreto permite que comércios do setor voltem a oferecer em seus espaços a degustação de alimentos e bebidas em cortesia.
Já a Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Santa Catarina (FCDL/SC) se limitou a recomendar que seus associados cumpram o decreto. No caso da câmara que atende Florianópolis, o presidente local acrescentou que lojistas avaliem o uso individualmente ainda assim.
A seccional no Estado da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) também sugeriu que cada estabelecimento de seu setor condicione o uso ou não de máscaras por funcionários às condições locais, como o perfil dos consumidores que recebe e a região na qual está inserido.
— Por exemplo, um restaurante que atenda um público de uma faixa etária mais alta vai perceber que a maioria dos clientes vai, provavelmente, continuar usando máscara. Então faz sentido que ele oriente a equipe para também continuar utilizando ela — disse o presidente da entidade em SC, Raphael Dabdab.
Até aqui, a manifestação contrária mais significativa partiu da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), que continuará exigindo o uso do item de proteção em todos os seus ambientes.
“Nunca é demais insistir que dispensar a máscara é desproteger o indivíduo de uma medida barata e eficiente para redução da transmissão”, escreveu a UFSC em comunicado. A universidade já havia exposto posicionamentos parecidos em ocasiões anteriores em que o uso da máscara foi flexibilizado.
Público se dividiu no uso de máscara nesta segunda
Na primeiro dia útil após publicação do decreto, o público se dividiu sobre o uso do equipamento em shoppings e supermercados de Florianópolis.
— É uma sensação de alívio. Amei! Estou adorando, depois de tanto tempo é muito bom [estar sem máscara]. Eu me sinto segura em lugares abertos. Tem ambientes que a gente vai que, se precisar, a máscara está na bolsa; às vezes em mercado, hospital... Mas, estou amando estar sem máscara — disse a aposentada Edinéia de Oliveira.
Já a servidora pública Angélica Correia afirma que ainda não se sente completamente segura em não usar a máscara em todos os ambientes, mas que em ambientes abertos, é o mais confortável.
— Respirar com certeza é a maior vantagem porque eu não conseguia mais usar a máscara direto, abafa muito. Mas, é claro que ainda tenho medo, dependendo do lugar. Se for um restaurante, um buffet, acho que tem que usar, parece que virou até mais higiênico. Mas, em locais abertos eu me sinto confortável em ficar sem máscara — afirma Angélica.
Fonte(s): NSC
Comentários