Um empresário de Porto União, no Planalto Norte de Santa Catarina, está entre os alvos do bloqueio de bens solicitado pela AGU (Advocacia-Geral da União) à Justiça nesta quinta-feira (12). Amir Roberto El Dine seria uma das pessoas que financiaram o fretamento dos ônibus de manifestantes para os atos em Brasília no último domingo (8).
A AGU solicitou à Justiça Federal do Distrito Federal o bloqueio de R$ 6,5 milhões em bens de 52 pessoas e sete empresas que financiaram o transporte. Os recursos devem ser usados para reparar os estragos causados pela invasão nos prédios do Congresso, do Palácio do Planalto e do STF (Supremo Tribunal Federal).
Os financiadores foram identificados a partir de dados da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) sobre os ônibus apreendidos transportando pessoas que participaram dos atos em Brasília.
Segundo a AGU, entre os bens que fazem parte do pedido de bloqueio estão imóveis, veículos e valores financeiros. No pedido de medida cautelar, o órgão argumentou que os envolvidos devem responder pelos danos junto aos depredadores
“A aglomeração de pessoas com fins não pacíficos só foi possível graças ao financiamento e atuação das pessoas listadas no polo passivo, o que culminou nos atos de vandalismo às dependências dos três Poderes da República”, argumentou o órgão.
Amir Roberto El Dine é empresário do ramo de saúde. A reportagem do ND+ tentou contato com o catarinense, mas não obteve retorno até o fechamento desta matéria. O espaço segue aberto.
Investigação sobre os atos em Brasília continua
Os atos em Brasília no último domingo (8) tiveram repercussão internacional. Centenas de manifestantes invadiram os edifícios na Praça dos Três Poderes, depredando o patrimônio público e gerando um prejuízo que ainda está sendo contabilizado.
Um relatório preliminar da Câmara dos Deputados, porém, aponta que o custo para a reparação dos danos causados ultrapassa R$ 3 milhões.
Ainda no mesmo dia, o presidente Lula decretou intervenção federal no Distrito Federal. Na prática, afastou-se a autonomia do então governador, Ibaneis Rocha (MDB).
Mais de mil manifestantes foram detidos, entre eles catarinenses. Eles podem responder por diversos crimes, como dano qualificado, atentado contra o Estado democrático de Direito e terrorismo.
Fonte(s): ND+
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