Aos sete anos, Matheus Rodrigo de Oliveira teve o sonho de ser bombeiro interrompido. Na última quinta-feira, dia 17, ele teve a morte cerebral confirmada, após ficar cinco dias internado por engolir um apito de brinquedo. Fã dos super-heróis dos desenhos e também dos bombeiros, de certa forma, Matheus igualou-se a eles. Isso porque ao menos seis famílias serão beneficiadas com os órgãos da criança, após a doação autorizada pela família.
O motivo para a liberação é ainda mais especial. Há 11 anos, o tio da criança, que tinha leucemia, morreu enquanto aguardava na fila de espera por um transplante de medula óssea. Por isso, a doação dos órgãos de Matheus ganhou um significado ainda maior.
"Hoje temos duas estrelinhas no céu, mas com a certeza que tem mais seis Matheus aqui na terra. Tem uma criança olhando o mundo pela primeira vez com os olhos dele. O coração dele está batendo no peito de uma criança. Uma criança está falando pela primeira vez com a voz dele. Têm crianças que receberam seus rins e fígado. Temos certeza que o Matheus continua vivo, pois ele não fez apenas seis crianças felizes, mas seus pais também. O Matheus devolveu a paz e a esperança à seis famílias" disse o tio da criança, Anderson Santos, em uma publicação nas redes sociais.
De acordo com Loreni Pereira de Campos, avó da criança, órgãos como coração, olhos, fígado e rim foram doados para outras pessoas. Por conta disso, para ela, Matheus é um herói.
– Foram seis vidas que nosso herói salvou com apenas sete anos. Era justamente o sonho dele: ser bombeiro para salvar vidas – relembra.
Matheus foi sepultado no fim da tarde deste sábado, dia 19, em Navegantes. O Santa procurou o Hospital Pequeno Anjo a respeito de detalhes da doação dos órgãos, porém, a unidade informou que os dados são sigilosos.
Relembre o acidente
O caso ocorreu na tarde do dia 12 de fevereiro. O menino brincava com os amigos na frente de casa quando engoliu um apito plástico, que vêm dentro de brinquedos. Quando a vizinha chamou os pais de Matheus, ele já estava desacordado e foi levado às pressas à base dos bombeiros.
De acordo com a equipe de resgate, o garoto sofreu uma parada cardiorrespiratória e foram necessários 45 minutos de massagem torácica para que a criança voltasse a respirar e expelisse o brinquedo. Ele foi levado ao Hospital Pequeno Anjo, em Itajaí, onde estava internado na UTI e respirava por aparelhos.
Na quinta-feira (17), ele teve a morte cerebral confirmada após cinco dias de internação.
Fonte(s): NSC
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