Em Santa Catarina, 41,5% das pessoas entre 50 e 59 estão com a dose de reforço contra a Covid-19 em dia. Os dados estão no último boletim divulgado pelo Núcleo de Estudos de Economia Catarinense (Necat) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), divulgado na segunda-feira (14).
O documento destaca que das 880.114 pessoas desta faixa etária que tomaram a primeira dose, pouco mais de 500 mil receberam o reforço vacinal e estão completamente imunizadas.
Dentre as pessoas de 60 a 69 anos que receberam pelo menos uma dose do imunizante, 61,3% completaram o esquema vacinal.
O pesquisador ressalta que, conforme calendários de vacinação da Secretaria Estadual da Saúde., os dois grupos já deveriam estar com esquema vacinal completo.
Questionada sobre ações para melhorar os índices de vacinação da faixa etária, a Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (Dive) informou que realiza um monitoramento diário do andamento da imunização no Estado.
A Dive informou ainda que tem apresentado os dados referentes à vacinação para a Comissão Intergestores Bipartite (CIB) a fim de criar políticas para otimizar a campanha e reforçar a importância da dose de reforço à população.
“Considerando o número de pessoas aptas a receberem a dose de reforço que não o fizeram até o momento, a Dive vem alertando as equipes através de relatórios e notas técnicas sobre a importância da busca ativa dessas pessoas”, ressaltou o órgão.
Uso das máscaras
Somado à baixa adesão da dose de reforço, o documento do Necat leva em conta as recentes medidas do governo estadual, que tiraram a obrigatoriedade do uso das máscaras em Santa Catarina. Nesse sentido, segundo escreveu Mattei, “torna-se cada vez mais difícil visualizar um cenário favorável ao controle efetivo da pandemia no estado”.
Apesar do decreto publicado no último sábado (12), o Santa Catarina segue recomendando a proteção em ambientes fechados onde não é possível manter o distanciamento social, no transporte público e em hospitais. Além disso, pessoas com sintomas gripais também devem utilizar o equipamento cobrindo a boca e o nariz.
Terceira dose e variantes
A dose de reforço passou a ser liberada para qualquer pessoa com mais de 18 anos, desde que tenha tomado a segunda dose há quatro meses, em novembro de 2021.
A importância da terceira aplicação é vista nos números. Um estudo da Agência de Segurança de Saúde do Reino Unido, publicado em dezembro de 2021, mostrou que o uso da vacina da Pfizer como dose de reforço gerou proteção de 70% a 75% contra a nova variante ômicron.
Na mesma linha, outra pesquisa divulgada em dezembro mostrou que o esquema de três doses da vacina da AstraZeneca também é eficaz contra a variante. De acordo com o estudo, os níveis de neutralização, após o reforço, foram semelhantes aos registrados contra a variante delta.
Dados do consórcio de veículos de imprensa de segunda-feira (14) apontam que a dose de reforço foi aplicada em 69.986.125 brasileiros, o que corresponde a 32,58% da população.
Fonte(s): G1 Santa Catarina
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