Os problemas econômicos lideram, com folga, as prioridades dos brasileiros e também estão entre os maiores desafios dos próximos meses para a população da Região Sul. É isso que mostra pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) realizada pelo Instituto FSB. Dos entrevistados no Sul, 40% apontaram que o combate à pobreza, e 37% informaram que o controle da inflação devem ser prioridades nos próximos meses. Quanto aos principais problemas, 38% apontaram o alto custo de vida e 27%, a desigualdade econômica.
Com o propósito de saber o que o brasileiro está pensando após a pandemia, o levantamento ouviu 2.016 pessoas em todo o país. Entre as cinco prioridades, os entrevistados do Sul colocaram em terceiro lugar, com 26% das indicações, o combate à corrupção, seguido por aumento do salário mínimo (25%) e combate à pandemia (21%).
Ainda sobre os cinco maiores problemas da região, a pesquisa apontou em terceiro lugar, com 25% de indicações, o desemprego, seguido pela pandemia (24%) e corrupção (22%).
Em âmbito nacional, 45% dos entrevistados apontaram o combate à pobreza como principal prioridade. Em segundo lugar, com 31% das indicações, veio o aumento do salário-mínimo; seguido por queda da inflação (28%). Na sequência vieram combate à corrupção (23%) e geração de empregos (21%).
Sobre os problemas, considerando todo o país, o desemprego ficou no topo, com 41% das indicações, seguido pelo custo de vida e inflação (40%) e corrupção (30%). A educação ficou em quinto lugar.
O custo de vida elevado, que tira poder de compra de todas as faixas de renda, tem gerado problemas para a maioria dos brasileiros. Isso significa que a economia terá relevância nas eleições de outubro.
Segundo o gerente executivo de Economia da CNI, Mário Sérgio Telles, pesquisa nacional semelhante feita em anos eleitorais como 2014 e 2018 apontou a necessidade de melhores serviços de saúde. Em 2020, a educação liderou e em 2021, foram o emprego e a saúde que ficaram no topo.
- Nesse ano, prioridades ligadas à economia ocupam seis das primeiras dez citações. Ocorre que o brasileiro comum percebe que a economia está andando de lado. Ele sente os efeitos da inflação no supermercado e nas contas de energia e transporte. O número de pessoas trabalhando está aumentando, mas em ritmo insuficiente para atender a quantidade de pessoas procurando trabalho, o que dá a sensação de que o desemprego não recua. Além disso, a previsão de crescimento do PIB para este ano está aquém das necessidades do país – explica Telles.
Santa Catarina registra pleno emprego em função da taxa de desemprego de apenas 4,3% no final de 2021, divulgada semana passada pelo IBGE. Contudo, a média salarial é baixa e a maioria das pessoas não está conseguindo adquirir tudo o que precisa no mês diante da inflação alta e ainda crescente. Situação semelhante ocorre nos estados vizinhos, por isso que o custo de vida lidera entre os problemas, com 38% de indicação na pesquisa CNI.
Fonte(s): NSC
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