Santa Catarina tem 14 municípios da região Oeste em situação de epidemia de dengue. As cidades de Joinville, Blumenau e Florianópolis ainda não estão enquadradas nesta definição, mas registram mais de mil focos do mosquito Aedes aegypti, que também é vetor de doenças como a febre de chikungunya e o zika vírus.
Nesta quarta-feira (23), Chapecó decretou situação de emergência por causa da epidemia e, agora, poderá contratar servidores públicos temporários e fazer compras com dispensa de licitação para o combate à doença.
Nas cidades mais populosas do Estado, ações também estão sendo tomadas para evitar a proliferação do mosquito e o aumento no número de pessoas com a doença.
Em Blumenau, no Médio Vale do Itajaí, há 94 pessoas com dengue, 1.667 focos do mosquito e 17 bairros são considerados infestados. Na última terça-feira (21), um veículo da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive) esteve na cidade e fez uma pulverização com inseticida no bairro Escola Agrícola.
Em Joinville, no Norte do Estado, 2.507 focos do Aedes aegypti foram identificados até este mês, e 91 pessoas estão com dengue na cidade. Segundo a prefeitura, o bairro com maior número de casos é o Costa e Silva, e mutirões da Vigilância Ambiental têm sido feitos para localizar e eliminar os focos do mosquito no local. Os números relacionados à doença podem ser vistos no site da prefeitura.
Já em Florianópolis, 48 pessoas estão em tratamento contra a dengue e existem 2,5 mil focos do Aedes aegypti na cidade. Segundo a Vigilância Epidemiológica do município, a situação mais grave está no bairro do Itacorubi, onde 18 pessoas já contraíram a doença neste ano. Segundo a prefeitura, os registros de água parada em casas do bairro têm sido frequentes, apesar das notificações da Vigilância em Saúde, multas e ações de combate ao mosquito.
Epidemia em 14 cidades
Em Santa Catarina, de acordo com a Dive, 14 cidades estão em situação de epidemia de dengue. São elas: Chapecó, Belmonte, Seara, Iporã do Oeste, Itá, Romelândia, Maravilha, Guaraciaba, São José do Cedro, Abelardo Luz, Palmitos, Mondai, Tunaápolis e Xanxerê.
De acordo com os critérios da Organização Mundial de Saúde (OMS), um cenário de epidemia ocorre quando um local registra ao menos 300 casos de uma doença para cada 100 mil habitantes.
Como evitar a dengue
A única maneira de evitar a dengue é não deixar o mosquito Aedes aegypti nascer e algumas ações podem ser feitas para que isso ocorra:
- Evite que a água da chuva fique depositada e acumulada em recipientes como pneus, tampas de garrafas, latas e copos
- Não acumule materiais descartáveis desnecessários e sem uso em terrenos baldios e pátios
- Trate adequadamente a piscina com cloro. Se ela não estiver em uso, esvazie-a completamente sem deixar poças de água. Manter lagos e tanques limpos ou criar peixes que se alimentem de larvas
- Lave com escova e sabão as vasilhas de água e comida de seus animais de estimação pelo menos uma vez por semana
- Coloque areia nos pratinhos de plantas e remova duas vezes na semana a água acumulada em folhas de plantas. Em bromélias, utilizar jato forte de água na axila das folhas a cada dois dias
- Mantenha as lixeiras tampadas, não acumule lixo/entulhos e guarde os pneus em lugar seco e coberto
- Os locais mais prováveis para que a fêmea coloque os ovos são os que ficam à sombra e com água limpa
Fonte(s): NSC
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