O ciclone subtropical que pode trazer rajadas de vento de até 100km/h em Santa Catarina irá chegar no Estado durante esta quarta-feira (18). De acordo com o meteorologista da Defesa Civil, Felipe Theodorovitz, a tempestade Yakecan se desloca do Rio Grande do Sul para SC durante a madrugada e percorre a costa catarinense pelo Litoral Sul até a Grande Florianópolis pela manhã.
— A partir da madrugada os ventos já devem começar a se intensificar no Litoral Sul, e em Florianópolis ficam mais fortes até o final da manhã e início da tarde.
Theodorovitz explica que a direção do vento é de Oeste ao Sudoeste, e na Capital, pode afetar principalmente o sul da Ilha, com rajadas de até 90 km/h.
Conforme o meteorologista, na quarta-feira (18), o ciclone deve percorrer todo o trajeto em Santa Catarina, do momento que chega no amanhecer — quando os ventos se intensificam — até após o meio-dia — quando as rajadas diminuem a velocidade.
— A partir da tarde, a gente já deve ter esse sistema se deslocando para o alto mar. A gente deve continuar com rajadas de vento, mas essas rajadas já perdendo força. Então ela [tempestade] vai aumentando de intensidade na primeira parte do dia e depois vai perdendo força — explica Theodorovitz.
Todo o Estado deve sentir a influência do Yakecan ao longo de quarta, mas em diferentes intensidades, afirma o meteorologista. As rajadas de vento em direção ao Litoral Norte de Santa Catarina devem ser de intensidade moderada a forte, de 50 km/h a 70 km/h, o que de acordo com Theodorovitz, já é intensa. No Oeste de SC, o vento deve variar entre 40 km/h a 55km/h.
Como ciclone infuencia a neve, chuva e o mar em SC
O meteorologista da Defesa Civil explica que o ciclone subtropical deve "jogar" umidade para o Estado, o que favorece a condição de chuva no Litoral e de neve e chuva congelada no Planalto Sul, principalmente na Serra Catarinense. Essa condição se mantém até a manhã de quinta-feira (19).
A Defesa Civil explica que no litoral catarinense, principalmente entre o Sul de SC até a Grande Florianópolis, as ondas devem ter picos entre 3,5 metros até 4 metros próximo à costa — já mais afastado da orla, chega a 5 metros de altura. Segundo Theodorovitz, o mar agitado favorece o aumento da ressaca e a possibilidade de alagamentos costeiros, que afetam rodovias, ciclovias e calçadas à beira-mar.
O órgão alertou para o alto risco para ocorrências como destelhamento de casas e queda de árvores e postes. De acorco com o meteorologista, o vento afeta a sensação térmica, que pode chegar a -10ºC na serra catarinense. Theodorovitz reforçou a necessidade do cuidado redobrado com idosos, pessoas em situação de rua, população mais vulnerável.
Fonte(s): NSC
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