O presidente Jair Bolsonaro (PL) enviou mensagem sobre o resultado das eleições na Colômbia em uma lista de transmissão que mantém no WhatsApp. O candidato da esquerda, Gustavo Petro, foi eleito presidente no domingo com 50,44% dos votos.
Abaixo da foto, Bolsonaro escreveu: "Cuba... Venezuela... Argentina... Chile ... Colômbia... Brasil???", numa referência ao fato de a esquerda, com Lula (PT), ter chance de voltar ao poder no país.
De acordo com ministros e interlocutores de Bolsonaro, ele chamou a atenção também para a alta abstenção da eleição colombiana. O voto não é obrigatório no país e cerca de 45% dos cidadãos habilitados a votar não compareceram às urnas. Ainda que alta, a cifra configura o menor número de abstenção em duas décadas na Colômbia.
Bolsonaro, no entanto, estaria preocupado com a possibilidade de a abstenção no Brasil também ser alta, mesmo com o voto obrigatório.
Além de evidenciar o fortalecimento da esquerda na América Latina — candidatos progressistas venceram as eleições na Bolívia, no Peru e no Chile, além de já estarem no poder na Argentina —, a vitória de Petro teve outro simbolismo: foi reconhecida por seu principal opositor, Rodolfo Hernández, menos de uma hora depois da divulgação dos resultados.
Diversos presidentes e líderes de esquerda da América Latina festejaram a vitória de Petro. Mas também a direita, com exceção de Bolsonaro, se manifestou.
Henrique Capriles, que já foi candidato a presidente da Venezuela contra Nicolás Maduro, escreveu: "Hoje, #19Jun, os colombianos votaram em paz e reafirmaram sua democracia. Em pouco mais de 1 hora o resultado foi conhecido. Na Colômbia vivem 2 M [milhões] de venezuelanos. Esperamos que o novo presidente governe com respeito e sem exclusão para eles".
Juan Guaidó, autoproclamado presidente interino da Venezuela e reconhecido como tal por mais de 50 países, disse: "A Colômbia é hoje o lar de 2 milhões de venezuelanos que fugiram em busca de futuro. Defendemos que a gestão do novo Presidente @petrogustavo mantenha a proteção aos venezuelanos vulneráveis em seu país e acompanhe a luta da Venezuela para recuperar sua democracia".
A expectativa é de que Bolsonaro também se manifeste ainda nesta semana.
Fonte(s): NSC
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