Barracas e banheiros químicos do acampamento bolsonaristas em frente ao prédio do 63º Batalhão de Infantaria, em Florianópolis, foram retirados na tarde desta segunda-feira (9). Porém, por volta das 17h20, o grupo continuou em frente ao prédio e entrou dentro do batalhão.
Até a atualização mais recente desta reportagem, os bolsonaristas conversavam com autoridades do batalhão. A Polícia Militar também está no local e afirmou que monitora a situação e que está em negociação para a saída de todos. O g1 tenta contato com o Exército.
Às 17h37, os bolsonaristas saíam de dentro do batalhão.
Às 17h37, bolsonaristas começaram a sair de dentro do 63º Batalhão de Infantaria, em Florianópolis — Foto: Leandro Carbone/NSC TV
Às 18h27, um grupo bolsonarista continuava na frente do batalhão.
Bolsonaristas seguem em frente ao 63º Batalhão de Infantaria, em Florianópolis, mesmo após desmonte de acampamento — Foto: Antônio Neto/NSC TV
O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu pelo desmonte dos QGs no país em até 24 horas (leia mais abaixo). A decisão do ministro Alexandre de Moraes, na madrugada desta segunda-feira, é uma resposta à invasão de bolsonaristas radicais ao Congresso Nacional, ao STF e ao Palácio do Planalto no domingo (8).
Desde o fim do segundo turno das eleições presidenciais, os bolsonaristas estavam em frente ao batalhão do Exército. A desmobilização começou pacífica por volta das 15h50 desta segunda.
Desmobilização do acampamento bolsonarista em frente ao Exército em Florianópolis — Foto: Leandro Carbone/NSC TV
As barracas foram todas desmontadas. Os materiais estão sendo levados para o estacionamento de uma loja que fica do outro lado da rua. Os três banheiros químicos também foram retirados.
A PM interditou uma das três faixas da rua, o que causou trânsito no local.
Como era o acampamento bolsonarista em Florianópolis
Durante parte do período em que os bolsonaristas permaneceram na frente do 63º Batalhão de Infantaria, eles montaram barracas em cima da calçada, inclusive em frente ao principal portão do prédio. Também há três banheiros químicos, também na calçada.
Como os bolsonaristas ficavam em frente ao portão principal do Batalhão, o Exército chegou a usar outra entrada, na Rua Santos Saraiva.
Durante o período em que o acampamento esteve montado, moradores reclamaram do barulho, já que alguns veículos buzinavam quando passavam em frente ao local. Depois, uma placa foi colocada na rua pedindo que os motoristas não fizessem isso.
Bloqueio em frente ao 63º Batalhão de Infantaria em Florianópolis em 29 de novembro — Foto: Joana Caldas/g1
A Polícia Civil investiga o acampamento. A apuração está em andamento e a corporação não deu mais detalhes para não atrapalhar as investigações.
A Prefeitura de Florianópolis afirmou que, no início da montagem do acampamento, pediu a retirada dos banheiros químicos do local, o que não foi atendido.
Inicialmente, eles foram instalados em um terreno particular, com autorização dos donos da área, informou o município. Depois, porém, eles foram colocados na calçada do batalhão.
A prefeitura também afirmou que, no início do acampamento, orientou que somente fossem instaladas mesas, cadeiras e tendas em áreas privadas. Porém, os bolsonaristas fizeram também a colocação desse material na calçada em frente ao batalhão, de forma que os pedestres só poderiam passar pela calçada dentro do acampamento.
Fonte(s): g1-SC
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