Em 2002, a Alemanha, apesar do vice-campeonato, entendeu que a estrutura do seu futebol passaria por uma reformulação – as mudanças culminaram no título de 2014. Imagina o tamanho da reestruturação que terá de ser planejada a partir de agora que o país cai pela segunda vez na fase de grupos de uma Copa do Mundo. O abalo nas estruturas chegou após após a vitória por 4 a 2 sobre a Costa Rica, nesta quinta-feira (1).
No início da última rodada do grupo parecia que, por caminhos tortos, os dois favoritos avançariam. A Alemanha sufocou o adversário. Atacou de todos os modos. Navas, reserva no PSG, matou a saudade de defender de tanto que foi exigido. Mas em um desses lances, nada pôde fazer.
Aos 9 minutos, Gnabry conseguiu desbloquear a defesa costarriquenha. O erro foi achar que tudo estava definido. Nos 35 minutos seguintes do primeiro tempo, somente um lance de perigo foi criado. A displicência começou a fazer efeito no outro lado do campo. Em dois contra-ataques, o time da América Central ameaçou.
Era um prenúncio do que viria no começo do segundo tempo. A Costa Rica acreditou que era possível se classificar. Junto com o credo veio uma montanha-russa maluca cruzando o que acontecia nos dois jogos.
Com 7 minutos de jogo, o Japão virou sobre a Espanha. Assim, só uma goleada classificava a Alemanha. O resultado no outro confronto aumentou as esperanças da Costa Rica. O empate saiu cinco minutos depois da reviravolta em Doha. Após primeiro arremate em que Neuer não segurou firme, Tejeda deu igualdade ao placar.
Mesmo que somente uma goleada maior que o 7 a 1 satisfaria as necessidades, os alemães se enfureceram rumo ao ataque. Foram duas bolas na trave. O impensável aconteceu. Os centro-americanos viraram aos 24 minutos.
A bola pipocou na área até sobrar para Vargas virar o placar, em nova falha de Neuer. Nesse instante, Japão e Costa Rica avançavam. A tragédia dupla durou pouco. Três minutos depois, Havertz igualou.
Embora a probabilidade de avanço dos germânicos fosse menor, eram eles quem mais atacavam. Navas fez um milagre. Havertz logo em seguida virou o placar outra vez. Füllkrug ampliou, mas ainda era preciso mais cinco gols, em 10 minutos de acréscimos, ou uma ajudinha espanhola. Nenhum nem outro. Em um dia que entrou em campo dependendo da Espanha, foi a Alemanha que salvou os espanhóis. De toda forma, os tetracampeões têm uma nova revolução para iniciar.
Fonte(s): Gaúcha / ZH
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